Fotos: Reprodução/Instagram Paulinha Abelha

Investigação evolui e morte de Paulinha Abelha pode levar pessoas à cadeia

A cantora Paulinha Abelha faleceu aos 43 anos após dias internada em estado grave em Aracaju (SE).

Prestes a completar 20 dias da morte da vocalista da banda Calcinha Preta, novas informações foram divulgadas pelo jornal ‘Diário do Nordeste’ – e têm repercutido na internet.

A questão é que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou 16 substâncias encontradas no corpo de Paulinha que teriam causado a morte precoce dela – uma mulher jovem e aparentemente saudável.

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Diante disso, a polícia está investigando os profissionais, qualificados ou não, que receitaram os medicamentos encontrados no corpo da cantora.

A depender do andamento das investigações, eles poderão responder por homicídio e estelionato. A Justiça pode entender que essas substâncias foram prescritas para Paulinha na tentativa de obter uma vantagem ilícita.

Mesmo que não tenha tido a intenção de matar, as pessoas que receitaram as substâncias para Paulinha Abelha podem responder por homicídio e pegar uma pena que varia de seis a 20 anos de cadeia. 

Outra possibilidade é o juiz considerar a forma culposa, como negligência, imprudência ou imperícia, e diminuir a pena para entre um e três anos.

Não para por aí! Os responsáveis podem ser condenados por estelionato se a Justiça julgar que a prescrição das substâncias foi feita para obter uma vantagem ilícita. Nesse caso, a pena é de reclusão de um a cinco anos, além de multa.

Além disso, profissionais que receitaram medicamentos nocivos à saúde para Abelha podem ser julgados de acordo com os códigos de ética de suas profissões – podendo receber pena de detenção de seis meses a dois anos.

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Por que Paulinha tomava tantas medicações? Segundo o próprio marido disse em entrevista, a cantora buscava sempre o emagrecimento e tentava manter o corpo em forma.

Algumas das substâncias utilizadas e encontradas pela perícia eram anfetaminas (substâncias sintéticas estimulantes que aumentam o estado de alerta) e barbitúricos (substâncias depressoras do Sistema Nervoso Central, são usados como antiepilépticos, sedativos, hipnóticos e anestésicos).

Segundo a Record TV, vários medicamentos que Abelha fazia uso haviam sido prescritos por uma nutróloga que acompanhava a cantora. Todos eles, apesar de serem indicados para outras condições, eram usados com o objetivo de emagrecer.

Entre eles estavam: antidepressivo, um redutor de apetite, calmantes naturais, estimulantes, cápsulas para memória e uma fórmula que promete reduzir medidas, manipulada com a erva asiática Garcinia cambogia.

Um desses remédios era um tarja preta muito usado no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), mas que tem como efeitos colaterais a redução de apetite, perda de peso, náuseas e vômito.

Esse medicamento, inclusive, é uma substância “potencialmente hepatotóxica”. O que isso significa? Ele pode causar danos ao fígado que podem levar até à hepatite fulminante.

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Paulinha Abelha foi internada dia 11 de fevereiro com problemas renais. Após piora em seu estado de saúde, em 17 de fevereiro, ela foi transferida para o Hospital Primavera, na capital sergipana, onde encontrava-se na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde então.

Os últimos boletins médicos de Paulinha informavam que as lesões neurológicas da cantora haviam aumentado.

A nota de falecimento publicada pela equipe de Paulinha citava morte cerebral: “Foi então iniciado protocolo diagnóstico de morte encefálica, que confirmou hipótese após exames clínicos e complementar específicos”.

A cantora sofreu uma inflamação generalizada que atingiu vários sistemas do corpo, incluindo o nervoso, o urinário e o digestivo. Isso fez com que órgãos como o cérebro, os rins e o fígado dela ficassem comprometidos e parassem de funcionar corretamente.

paulinha abelha

Fotos: Reprodução/Instagram

Calcinha Preta faz primeiro show sem Paulinha Abelha

A banda Calcinha Preta realizou o primeiro show após a morte de Paulinha. A apresentação aconteceu na última sexta-feira (11) em Mata Roma, no Maranhão, e contou com homenagens à vocalista que faleceu e não foi – nem será! – substituída por ninguém.

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A cantora Silvânia Aquino estava usando uma camiseta com a seguinte frase estampada: Paulinha Abelha, como não amar?“, fazendo referência ao famoso bordão de Paulinha.

Outro integrante da banda Calcinha Preta, Daniel Diau, compartilhou um vídeo em seu Instagram cantando a música Louca por Ti‘.

Na legenda, ele escreveu: “Essa música cantando sem você sem nossas coreografias, minha irmã minha; ficha tá caindo aos poucos como tá difícil“. 

Também no Instagram, Silvana desabafou sobre a falta que Paulinha faz.

“Primeira viagem sem você, minha Abelha. Vamos vivenciar o primeiro show sem você. Camarim já não será mais o mesmo. O vazio tá imenso, mas você sempre estará comigo e o meu coração e pensamento com você”, escreveu a cantora.

Veja um trecho do show da banda Calcinha Preta, agora sem Paulinha Abelha:

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