Foto: Reprodução / Instagram anitta

Anitta explica por que não se posicionava politicamente antes das eleições

Os posicionamentos políticos de Anitta têm chamado atenção nos últimos tempos. Porém, após ter sido questionada por uma fã, a cantora revelou por que não se pronunciou sobre o assunto no passado, especialmente em 2018, quando foram realizadas eleições para presidente e outros cargos do Executivo e Legislativo no Brasil.

Anitta falou sobre o assunto nos comentários de uma publicação com críticas à atriz e secretária da Cultura do governo federal, Regina Duarte. Uma entrevista concedida à CNN Brasil repercutiu negativamente no meio artístico por ela ter minimizado mortes ocorridas durante a ditadura militar e abandonado a gravação assim que um vídeo da também atriz Maitê Proença, cobrando comunicação maior com a classe, foi reproduzido na tela.

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Em meio à repercussão dos fãs, uma seguidora disse que o período de isolamento social “está fazendo a Anitta, finalmente, se posicionar”. A cantora, pro sua vez, afirmou que sempre se posicionou, mas que sempre estava muito ocupada com os compromissos de sua agenda e que evitava falar sobre assuntos que não dominava.

“Eu sempre me posicionei. Mas com a velocidade que a minha agenda permitia. Já falei que venho de origem humilde e o acesso ao conhecimento político não é grande”, disse a cantora, inicialmente, conforme transcrito pelo site RD1.

Em seguida, completou: “Odeio me posicionar em coisas que não vou saber debater. Agora com a quarentena, estou estudando muito. É só me chamar que eu estudo e consigo me colocar de maneira verdadeira”.

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Anitta rebate Regina Duarte

Em texto divulgado nas redes sociais, Anitta disse que Regina Duarte foi “grosseira” durante a entrevista à CNN. A cantora afirmou que a secretária da Cultura deveria “escutar também os lados que pensam diferente” e apontou: “se recusar a ouvir uma opinião contrária logo depois de enaltecer os tempos de ditadura me causa muito medo”.

Ainda na publicação, a funkeira disse que “cultura no Brasil vai muito além do ballet clássico, das orquestras sinfônicas e dos livros de poesia”, incluindo trabalhos mais populares nesse quesito. Ela também destacou que verbas destinadas ao entretenimento não estão sendo utilizadas agora, devido à pandemia, mas que não foi divulgado até agora o que está sendo feito com esse dinheiro. “Seu cargo só governa para quem pensa semelhante à senhora? E as famílias que perderam parentes com a doença? Como se sentiriam ouvindo um depoimento de quem faz pouco caso do momento?”, questionou.

O texto completo de Anitta pode ser conferido na matéria a seguir:

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No início deste ano, Anitta já havia rebatido uma suposta declaração da atriz Regina Duarte, que se tornou secretária de Cultura do governo Bolsonaro. De acordo com o jornalista Lauro Jardim, do jornal ‘O Globo’, a representante do governo federal pretende criar “eventos familiares ao lado de bailes funk”, com o intuito de “competir” com eles. A intenção não foi confirmada publicamente por Regina.

“Tô torcendo pra que seja mentira. Se for verdade, eles precisam conhecer um baile funk pra ontem. Ele (baile funk) faz parte da cultura do nosso país. É muita irresponsabilidade colocar os bailes como locais indevidos em que famílias não possam frequentar. […] Acho lindo criar eventos para as famílias. Mas na intenção de competir com baile funk? Não entendi essa parte. Espero de verdade que seja fake news”, afirmou, em trecho das publicações.

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Críticas a Bolsonaro

Após as críticas que recebeu por não ter se posicionado durante as eleições presidenciais de 2018, Anitta tem se manifestado um pouco mais na internet. Em agosto de 2019, por exemplo, ela indicou que realmente não votou em Jair Bolsonaro ao dizer, em entrevista à ‘Marie Claire’, que o candidato escolhido por ela não venceu o pleito.

No mesmo mês, a funkeira fez um post para criticar a decisão do governo de suspender editais da Ancine para produção LGBTQ no país, além de se posicionar contra a forma como o Brasil estava lidando com as queimadas na Amazônia. Ela ressaltou: “Não estou aqui para falar de política. Não sou de esquerda, de direita. Não sou apoiadora de PT, de Bolsonaro. De ninguém”.

Mais recentemente, em fevereiro deste ano, pelas redes sociais, a artista debochou da decisão do governo dos Estados Unidos, presidido por Donald Trump, de retirar o Brasil e outros 24 países da lista de países em desenvolvimento. “Mas eles não são BFF (melhores amigos)? Senhor Jesus, nos abençoe!”, questionou a cantora.

Já em março, a cantora criticou uma medida que o governo de Jair Bolsonaro pretende tomar no litoral do Brasil para fomentar o turismo: a criação de 73 recifes artificiais e liberar 47 locais para pesca esportiva. A ideia está sendo criticada por especialistas pelo risco ambiental que pode trazer.

“O coronavírus está acabando com tudo e eles ainda não entenderem que a questão do mundo não é essa? É importante a economia e o turismo. Legal, bacana. Mas cadê a economia agora com a saúde entrando em colapso?”, disse ela, na ocasião, pelo Instagram. “Já esqueceu que estava cheio de petróleo nas praias do Nordeste? E aí, quando não puder mais mergulhar, porque já botaram um monte de podrice na água e não vai mais poder encostar na água? como a gente vai adquirir mais turistas para nossa cidade?”, completou.

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Igor Miranda é jornalista que escreve sobre música desde 2007 e com experiência na área cultural/musical.

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