Foto: Divulgação elis regina como nossos pais

Comercial polêmico com Elis: outros famosos também já foram ‘ressuscitados’

Na última terça-feira (4), a Volkswagen lançou um novo comercial que está dando o que falar. Utilizando inteligência artificial, a empresa conseguiu “trazer de volta” a icônica cantora Elis Regina, o que tem gerado debates intensos.

No entanto, essa não é a primeira vez que a indústria da música recorre a essa tecnologia para “ressuscitar” artistas.

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Apesar de toda a fascinação que essas inovações tecnológicas podem despertar, é importante refletir sobre as questões éticas envolvidas nesse processo.

“Trazer de volta” pessoas que já faleceram utilizando IA levanta debates sobre a preservação da identidade artística, os direitos autorais e o uso responsável da tecnologia.

Além disso, é crucial estar atento aos possíveis abusos que podem ser cometidos com o uso dessas ferramentas. Criadores mal-intencionados podem utilizar a inteligência artificial para produzir vídeos e áudios falsos, com o intuito de difamar ou espalhar desinformação.

Por isso, é fundamental verificar as fontes dos conteúdos online e saber identificar imagens geradas por IA.

Esse feito impressionante envolvendo Elis Regina gerou grande repercussão, mas vale ressaltar que a utilização de tecnologias para trazer artistas falecidos de volta ao palco não é algo novo.

Existem outros exemplos de famosos que já foram “ressuscitados” através dessas tecnologias.

Confira:

Michael Jackson

Michael Jackson

Foto: Reprodução/YouTube

Em 2014, os fãs de Michael Jackson foram surpreendidos com uma aparição única e emocionante do Rei do Pop no palco do ‘Billboard Music Awards’.

Mesmo após seu falecimento em junho de 2009, uma versão digital de Michael Jackson foi projetada durante a apresentação da música ‘Slave to the Rhythm’, como forma de promover o álbum póstumo ‘Xscape’.

No entanto, essa exibição quase não se concretizou devido a questões legais que surgiram. É importante destacar que a tecnologia utilizada para criar o holograma de Michael Jackson foi refinada pela empresa Pulse, que aprimorou a técnica conhecida como ‘Pepper’s Ghost’.

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Essa mesma técnica foi utilizada anteriormente para recriar o rapper Tupac em 2012, resultando em uma performance holográfica impressionante.

O holograma de Michael Jackson trouxe à vida a presença marcante do artista no palco, cativando o público e proporcionando uma experiência única para os fãs. Mesmo sendo uma versão digital, a imagem realista e os movimentos cuidadosamente programados transmitiram a energia e o talento inconfundíveis de Michael Jackson.

No entanto, essa apresentação histórica quase foi cancelada devido a disputas legais relacionadas aos direitos de imagem de Michael Jackson. Felizmente, as questões foram resolvidas a tempo, permitindo que os fãs pudessem desfrutar dessa homenagem impressionante ao Rei do Pop.

Essa performance holográfica de Michael Jackson no ‘Billboard Music Awards’ foi um marco na história da música e da tecnologia. Ela demonstrou como a tecnologia pode ser usada para manter vivo o legado de artistas icônicos, proporcionando uma experiência única para os fãs e transmitindo a essência e o talento de figuras lendárias mesmo após sua partida.

Tupac Shakur

Tupac Shakur

Foto: Divulgação

Em abril de 2012, o mundo da música testemunhou um momento pioneiro e surpreendente durante o Festival ‘Coachella’, nos Estados Unidos.

O lendário rapper Tupac Shakur, que faleceu em 1996, voltou à vida de forma impressionante. Uma colaboração entre a empresa de efeitos visuais Digital Domain e a equipe de produção do Dr. Dre e Snoop Dogg tornou possível a criação de uma versão holográfica de Tupac para a apresentação.

Utilizando a técnica conhecida como “Pepper’s Ghost”, uma representação digital de Tupac foi combinada com os movimentos de um ator cover.

Durante o show, a imagem holográfica foi projetada em um espelho próximo ao chão e refletida em um painel de vidro transparente, inclinado em um ângulo de 45 graus em direção ao público. Esse efeito criou a ilusão de uma imagem tridimensional ampliada de Tupac, proporcionando uma experiência visual impressionante para a plateia.

É importante ressaltar que, embora muitos chamem essa criação de “holograma”, tecnicamente a imagem projetada não é um holograma verdadeiro.

Devido ao ângulo e à escala da projeção, a imagem é essencialmente plana. No entanto, a denominação de “holograma” é frequentemente utilizada para descrever visualmente a ilusão criada.

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A performance holográfica de Tupac Shakur no ‘Coachella’ abriu caminho para novas possibilidades na indústria do entretenimento. Essa inovação tecnológica demonstrou como é possível trazer de volta ao palco artistas que já partiram, permitindo que suas músicas e legados continuem a ser celebrados.

Embora controversa, essa apresentação pioneira cativou o público e reacendeu a discussão sobre as fronteiras entre realidade e tecnologia no campo das performances artísticas. O impacto emocional dessa experiência prova que o legado e a influência de Tupac Shakur ainda estão muito presentes na cultura musical.

Amy Winehouse

morte de amy winehouse

Foto: Divulgação

Em 2018, a empresa Base Hologram surpreendeu o mundo ao anunciar uma turnê com a versão digital da talentosa cantora britânica Amy Winehouse. Essa empresa já havia realizado projetos semelhantes com outros artistas, como Roy Orbison e Maria Callas.

No entanto, devido a polêmicas e dificuldades de produção, o projeto da turnê acabou sendo cancelado. Mas isso não significa que os fãs não podem mais apreciar a voz de Amy Winehouse.

Graças aos avanços da inteligência artificial, hoje é possível ouvir Amy Winehouse em “novas” interpretações. Alguns programas de IA são capazes de realocar o timbre da cantora em outras músicas, utilizando arquivos originais como base.

Embora essas ferramentas ainda não consigam reproduzir as emoções e as variações vocais de forma precisa, elas conseguem se aproximar do timbre e dos maneirismos vocais únicos de Amy.

Um exemplo fascinante disso é a versão da música ‘Skyfall‘, originalmente gravada por Adele, mas agora “interpretada” pela “voz” de Amy Winehouse. Essa combinação entre as vozes dessas duas talentosas cantoras resulta em uma experiência sonora única e emocionante.

Kurt Cobain

morte de kurt cobain

Foto: Divulgação

O icônico vocalista do Nirvana morreu há 29 anos, mas sua música e seu legado continuam vivos. Contudo, recentemente os fãs foram surpreendidos pelo lançamento de uma “nova música” chamada ‘Drowned in the Sun’ pelo projeto musical ‘Lost Tapes of the 27 Club’.

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Utilizando inteligência artificial, foi possível criar uma faixa que captura o estilo único de Cobain. O projeto ‘Lost Tapes of the 27 Club’ tem como objetivo homenagear os membros do chamado “Clube dos 27”, um grupo de artistas talentosos que infelizmente faleceram aos 27 anos, incluindo Kurt Cobain, Jimi Hendrix e Amy Winehouse.

Por meio de um programa de IA, até 30 músicas de cada membro foram analisadas, e com base nessa análise, foram criadas novas composições em seus estilos característicos.

A organização responsável por esse projeto inovador é a Over the Bridge, que busca promover a conscientização sobre saúde mental na comunidade musical. A faixa ‘Drowned in the Sun’ é uma homenagem tocante a Kurt Cobain, combinando elementos de suas habilidades únicas de composição e guitarra.

Eric Hogan, vocalista da banda cover ‘Nevermind’, empresta sua voz para a música, criando uma interpretação que evoca a essência do saudoso cantor.

Essa iniciativa mostra como a tecnologia pode ser utilizada para manter viva a memória e o espírito artístico de grandes talentos que nos deixaram cedo demais. A inteligência artificial possibilita a criação de novas músicas que preservam o estilo e a essência dos artistas, permitindo que os fãs continuem a apreciar seu trabalho mesmo após sua partida.

Essas tecnologias e softwares permitem que os fãs revivam momentos especiais com seus artistas favoritos e desfrutem de apresentações únicas, mesmo após a morte dos ídolos. É uma forma de homenagear o legado desses talentos e manter viva a memória de suas contribuições para a cultura e a música.

No entanto, é importante destacar que essas recriações virtuais devem ser utilizadas com respeito e cuidado, sempre considerando os desejos e a imagem que os artistas deixaram para trás. Cabe aos responsáveis e às equipes envolvidas garantir que essas tecnologias sejam utilizadas de forma ética e respeitosa.

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Em vídeo impressionante, Maria Rita e Elis Regina cantam juntas pela 1ª vez