Na última terça-feira (25), a morte de Michael Jackson completou 15 anos, mas sua produção musical parece não ter sido interrompida. Desde seu falecimento em 2009, mais de 20 músicas inéditas do Rei do Pop foram lançadas, incluindo um álbum que gerou polêmica por utilizar a voz de um imitador.
O lançamento mais recente foi em 2022, com o álbum comemorativo ‘Thriller 40’, que trouxe três novas músicas descartadas por Michael nos anos 80.
Apesar das críticas mornas recebidas pela maioria dos lançamentos póstumos, eles continuam a gerar altos lucros para a família do cantor.
Em 2023, a revista ‘Forbes’ nomeou Michael Jackson como a celebridade morta mais bem paga do mundo. Além disso, em fevereiro deste ano, a ‘Billboard’ relatou que metade do catálogo do artista foi vendido ao Sony Music Group por US$ 600 milhões.
Parte significativa desses ganhos vem de dois álbuns póstumos de músicas inéditas, sendo que um deles inclui vocais falsos, conforme admitido no ano passado. Além disso, Michael participou postumamente em músicas de outros artistas.
Voz de imitador
O primeiro álbum póstumo de Michael, ‘Michael’, foi lançado em dezembro de 2010, nove anos após seu último álbum de inéditas, ‘Invincible’ (2001).
Com dez canções, o disco incluiu músicas gravadas desde a época de ‘Thriller‘ até os últimos momentos de sua vida criativa. No entanto, oito anos depois, a Sony admitiu ter usado a voz de um imitador em algumas faixas.
O álbum contou com a colaboração de figuras do R&B americano, como Teddy Riley e Christopher ‘Tricky’ Stewart, e participações de Akon, 50 Cent, Lenny Kravitz, Ne-Yo, Jamie Foxx e a banda japonesa Yellow Magic Orchestra.
Mesmo assim, ‘Michael’ obteve uma recepção mediana, com 54% de aprovação no Metacritic.
Duetos com Michael Jackson
‘Xscape’, lançado quatro anos depois, teve uma recepção um pouco melhor, com 66% de aprovação. Este álbum apresentou oito faixas inéditas, incluindo ‘A Place with No Name’ e ‘Slave to the Rhythm’, que teve uma versão em dueto com Justin Bieber tocada nas rádios em 2013.
A faixa mais famosa, um dueto com Justin Timberlake, entrou nas paradas musicais dos EUA, Canadá e Brasil.
Em 2014, a banda Queen lançou um dueto inédito entre Michael e Freddie Mercury, intitulado ‘There Must Be More to Life Than This’. Segundo o guitarrista Brian May, a música demorou 30 anos para ser lançada devido a um desentendimento entre os dois cantores após a gravação.
Outra colaboração póstuma notável é ‘Don’t Matter to Me’, uma faixa do álbum ‘Scorpion’ (2018) de Drake, que utiliza vocais inéditos de Michael gravados em 1983.
Demos
Para celebrar os 40 anos de ‘Thriller’, uma edição especial chamada ‘Thriller 40’ foi lançada, incluindo demos de músicas como ‘She’s Trouble’, ‘What a Lovely Way to Go’ e ‘Who Do You Know’.
Embora esta edição não tenha sido avaliada no Metacritic, as demos são bem recebidas pelos fãs, apesar de críticas à qualidade do som.
Na época de ‘Thriller’, mais de 20 músicas foram gravadas e descartadas. Muitas foram lançadas em edições especiais, como ‘Bad 25’ e o álbum póstumo ‘Michael’. Ainda existem faixas vazadas na internet que podem ser lançadas oficialmente no futuro.
Possíveis novos lançamentos de Michael Jackson
Mesmo após tantos anos de sua morte, novos lançamentos de Michael Jackson ainda são possíveis.
Em 2018, o CEO da Sony Music, Rob Stringer, mencionou que a gravadora estava “constantemente vasculhando” o catálogo do artista em busca de novas ideias.
Com o lançamento do extremamente polêmico documentário ‘Leaving Neverland’ em 2019, as produções em nome de Michael desaceleraram, mas o álbum ‘Thriller 40’ mostrou que ainda há interesse dos fãs.
A administração do espólio de Michael Jackson continua ativa, investindo em projetos como um musical na Broadway, um espetáculo do Cirque du Soleil e uma cinebiografia prevista para 2025.
No site oficial do espólio do cantor, a entidade afirma estar focada em “fortalecer o legado de Michael a longo prazo”. Como dizia uma teoria compartilhada por Michael: “não se deve fazer muito, dar um descanso ao mundo e depois surpreendê-los com projetos especiais“. Essa continua sendo a intenção.
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Fonte: G1
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